Atem é alvo de investigação por suposto cartel no AM e recebe notificação da justiça
17/05/2024 09h20
Na última terça-feira, (14) o Grupo Atem, foi notificado pela justiça, em ação que investiga um possível cartel nos preços de combustíveis no Amazonas. A ação, que envolve o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e o Ministério Público do Amazonas, visa garantir a livre concorrência e proteger os direitos dos consumidores.
Vale lembrar que o Grupo Atem comanda a Refinaria da Amazônia (Ream), antiga Refinaria de Manaus (Reman), vendida pelo governo de Jair Bolsonaro em dezembro de 2022. Com a privatização foi criado um monopólio regional que impacta diretamente o consumidor local, que precisa arcar com gastos extras para ter acesso ao produto essencial.
A investigação surge em um contexto de preocupações crescentes sobre práticas anticompetitivas que poderiam estar prejudicando tanto a economia local quanto os consumidores. “É imperativo que as autoridades competentes investiguem minuciosamente as ações do Grupo Atem e tomem medidas efetivas para combater a formação de monopólios e cartéis, protegendo assim os princípios constitucionais da livre concorrência e da defesa do consumidor”, afirma um trecho de documento da ação de março deste ano (veja abaixo).
O documento detalha diversos pedidos direcionados ao Grupo Atem e às autoridades competentes. Entre eles, está a solicitação para que a empresa apresente detalhadamente a metodologia utilizada na precificação de seus produtos. Isso é crucial para esclarecer se há práticas abusivas que poderiam caracterizar a formação de cartel.
Além disso, o documento exige investigações adicionais sobre as práticas comerciais da empresa, com a responsabilidade da prova recaindo sobre o Grupo Atem. Essa abordagem se justifica pela “hipossuficiência do cidadão em apresentar documentos mais robustos”, reconhecendo a dificuldade dos consumidores em obterem informações detalhadas e precisas sobre as políticas de preços dos combustíveis.
Outro ponto destacado é a intimação do PROCON do Estado do Amazonas para fornecer informações sobre as medidas planejadas para assegurar a livre concorrência e coibir práticas abusivas nos preços de combustíveis. Esse passo é considerado essencial para garantir que os consumidores não sejam prejudicados por preços injustos ou manipulados.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.