A delegada Patrícia Aires foi encontrada morta, no domingo (11), dentro do próprio carro em uma área de mata, em Salvador, na Bahia. Ela foi assassinada 3 dias antes do casamento, que estava marcado para esta quarta-feira (14).

De acordo com o UOL, o noivo dela, Tancredo Neves, confessou o crime à polícia nesta segunda-feira (12). Ele disse que Patrícia teria o ameaçado de morte porque ela não aceitava o fim do relacionamento.

“Patrícia não aceitava o término de jeito nenhum, e eu não vou negar que amava ela e tentava ver aquilo dentro dela de novo, mas sempre voltava para o mesmo final de ameaça. Mas eram só palavras, ela nunca tinha feito algo, e, nesse dia, ela puxou o volante”, relatou Tancredo.

À polícia, Tancredo disse os dois teriam discutido dentro do carro e ela começou a agredi-lo. Em seguida, o homem teria estrangulado Patrícia com o cinto de segurança do carro. “Não sou um monstro, não, não sou um bicho. […] Ela veio para cima de mim me ameaçando, e eu perdi a cabeça”, disse ele.

Após o crime, sem perceber que a vítima estava morta, o suspeito acionou a polícia e contou aos militares que o casal havia sido sequestrado. “Fiquei com medo por ela ser delegada, medo da polícia fazer alguma coisa”, contou Tancredo.

O suspeito ainda disse à polícia que ele e Patrícia se casariam nesta quarta (14), mas a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, disse que o casamento teria sido cancelado pela policial na semana passada e remarcado por Tancredo.

Brito afirmou que o noivo é o principal suspeito e o que o caso segue em investigação. “A Polícia Civil autuou em flagrante o companheiro da delegada Patrícia Aires, por crime de feminicídio, após o corpo da vítima ser encontrado no banco do carona do seu veículo”, confirmou a polícia em nota ao UOL.