Pelo menos 21 soldados de Israel morreram na tarde de segunda-feira (22) depois que dois edifícios contendo explosivos desabaram sobre eles no centro da Faixa de Gaza, no incidente mais mortífero para as tropas israelenses desde o início da ofensiva terrestre no enclave no último dia 27 de outubro.

– Pelo que sabemos, por volta das 16h, os terroristas dispararam um RPG contra um tanque que protegia as forças e ao mesmo tempo ocorreu uma explosão em dois edifícios de dois andares – afirmou nesta terça-feira o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari.

O incidente ocorreu no centro da Faixa, perto da comunidade fronteiriça de Kissufim, onde o Exército anunciou que as tropas estavam destruindo estruturas do Hamas, a fim de criar um perímetro de segurança que permitiria aos residentes das comunidades fronteiriças israelenses regressar às suas casas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que esta segunda “foi um dos dias mais difíceis desde o início da guerra”, segundo um comunicado em hebraico, e se solidarizou com a dor das famílias dos “guerreiros heroicos”.

– Sei que para estas famílias as suas vidas mudarão para sempre – disse o chefe de governo.

Já o presidente israelense, Isaac Herzog, lamentou na rede social X a morte dos combatentes. Em uma mensagem de condolências em hebraico, ele destacou que “cada vez mais nomes dos nossos melhores filhos são acrescentados às lápides dos heróis”.

– Os intensos combates acontecem em um espaço extremamente desafiador, e enviamos forças aos militares e às forças de segurança, que estão trabalhando com infinita determinação para atingir os objetivos dos combates – acrescentou.

O Exército de Israel revelou até agora a identidade de 17 dos soldados mortos e notificou as demais famílias, de modo que a identidade dos outros quatro será anunciada nas próximas horas.

O número total de baixas nas fileiras israelenses chega assim a 219 desde o início da ofensiva terrestre, aos quais é preciso acrescentar cerca de 330 soldados mortos durante o ataque do Hamas do dia 7 de outubro em solo israelense.