Manaus, 01/07/2024

Polícia

Mais membros da ONG ‘Pai Resgatando Vidas’ suspeita de lavar dinheiro de doações em Manaus, são presos na operação ‘O Pai ta Off’

Mais membros da ONG ‘Pai Resgatando Vidas’ suspeita de lavar dinheiro de doações em Manaus, são presos na operação ‘O Pai ta Off’
10/05/2024 09h50

As prisões de mais dois integrantes da Organização Não Governamental (ONG) “Pai Resgatando Vidas” acusada de usar a vulnerabilidade de moradores de rua para arrecadar doações e obter vantagens financeiras indevidas ocorreram na quarta-feira (08/05), durante desdobramento da Operação ‘O Pai tá Off’, deflagrada na última terça-feira (07/05) pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM)

Foram presos Imecson Taveira Esmith Pantoja, 24, e Tito Fabio Rocha Reis Maia, 29, ambos integrantes da ONG denominada Pai Resgatando Vidas. Segundo a investigação, a organização criminosa, liderada por Cid Marcos Bastos Reis Maia, 49, movimentou mais de R$ 20 milhões entre 2019 e 2024, utilizando sua estrutura para lavagem de dinheiro, estelionato e ocultação de patrimônio. A ONG era apresentada como uma entidade que auxiliava moradores de rua, mas era usada como fachada para arrecadação ilícita.

Segundo o delegado Marcelo Martins, titular do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Imecson é filho adotivo de Cid Marcos, enquanto Tito Fábio é sobrinho do líder da organização. Com essas prisões, o núcleo familiar envolvido na organização criminosa fica ainda mais evidente, confirmando a tese da investigação de que a ONG era utilizada para benefício próprio de seus membros, em detrimento das causas sociais que alegavam defender.

Na terça-feira, Cid Marcos Bastos Reis Maia e seu filho, Wilson Garcia Bastos Bisneto, 21, foram presos durante a primeira fase da operação. Com o cumprimento dos mandados de prisão preventiva de Imecson e Tito Fábio, as autoridades buscam reforçar a atuação contra organizações que utilizam práticas ilegais para enriquecimento, especialmente quando envolvem a exploração da vulnerabilidade de populações marginalizadas.

A PC disse que a quadrilha sacava grandes quantias em dinheiro e comprava bens para uso próprio, principalmente carros de luxo. Os suspeitos responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato, maus-tratos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A polícia ainda está investigando outros membros da organização para identificar possíveis cúmplices e toda a rede de atividades ilícitas associada ao grupo.

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