Desde o início do ano letivo, os professores e administrativos da Secretaria de Educação (Semed) têm mobilizado as redes sociais cobrando valorização salarial, destacando o “calote” no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) promovido pela gestão Davi Almeida.

Usando camisas na cor preta e expondo suas insatisfações em relação à gestão da educação municipal através de cartazes e placas, os professores denunciam as situações que prejudicaram a educação e seus profissionais no ano de 2023, dando um recado à Semed que não esquecerão a forma como foram tratados, cobrando ações mais concretas da prefeitura.

Entre os principais pontos tratados na manifestação estão a negociação antecipada da data base, evitando conflito com o calendário eleitoral, a transparência nos recursos do Fundeb 2024, estimados em R$ 1.496.567.638,00, um aumento de quase 10% referente a 2023, revisão dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) do Magistério e da Área Administrativa e a regularização das progressões e promoções garantidas nos planos atuais, além da não extinção do plano de saúde dos servidores públicos do município de Manaus (ManausmeD), quando cobram mais investimentos na saúde do servidor.

Segundo o professor Luizinho, um dos coordenadores do grupo “trabalhadores da Semed”, que reúne mais de 3 mil participantes, a ideia é “apenas cobrar as promessas não cumpridas pelo prefeito”. Além da mobilização, o grupo planeja ações na Câmara Municipal para cobrar a CPI do Fundeb e convencer os vereadores a realizarem audiência pública sobre o tema.

“A secretaria e o prefeito não têm do que reclamar, pois as promessas foram feitas por eles. Nada mais justo do que cumprirem, ao invés de agirem nas escuras para extinguir o plano Manausmed só para jogar a conta para os servidores”, esclareceu o professor.

Na próxima semana, o grupo vai convocar os professores para novas investidas na defesa da pauta da categoria.