11/10/2018 17h30
Inicia na próxima segunda-feira, 15/10, um novo Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti, mosquito que pode transmitir os quatro sorotipos de dengue (DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4), além dos vírus chikungunya e da zika. O objetivo da Prefeitura de Manaus é realizar o levantamento do nível de risco de infestação do Aedes em toda a cidade e elaborar o Mapa de Vulnerabilidade de cada um dos bairros do município de Manaus, e, assim, direcionar estratégias de controle do mosquito.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, a metodologia de trabalho consiste na realização de visitas domiciliares a 29 mil imóveis, buscando identificar e coletar as larvas do mosquito, eliminando ou tratando os potenciais criadouros do Aedes.
O trabalho de visitas domiciliares será realizado até o dia 29 de outubro, de segunda-feira ao sábado. Ao todo, a Semsa vai mobilizar 300 profissionais, entre agentes de controle de endemias, agentes comunitários de saúde, motoristas, supervisores e coordenadores do trabalho em campo.
“A metodologia do levantamento é proposta pelo Ministério da Saúde por meio de amostra de cerca de 20% total de domicílios de Manaus, determinado em função da sua densidade populacional e do número de imóveis existentes no município. Depois de consolidar as informações levantadas, será possível identificar se Manaus apresenta baixo, médio ou alto risco para as doenças transmitidas pelo Aedes, além de reunir informações atualizadas sobre os principais tipos de depósitos que contribuem para a proliferação do mosquito”, informa Marcelo Magaldi.
No último Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti realizado pela Semsa no mês de janeiro deste ano, Manaus apresentou um índice de 3%, que representa médio risco. Também identificou que os depósitos que mais contribuíram para a proliferação do mosquito eram do tipo lixo recipientes, garrafas, latas, ferro velho, com 36,5% do total, seguido dos recipientes de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, barril, tina, que representaram 32,1%.
“Com as informações do levantamento realizado em janeiro, a Prefeitura de Manaus estabeleceu estratégias para o controle do mosquito, evitando a proliferação do Aedes e, assim, garantindo a redução dos casos de dengue, zika e chikungunya”, informa a gerente de Vigilância Ambiental de Semsa, Alinne Antolini.
Os casos confirmados de dengue, zika e chikungunya, no período de janeiro a setembro deste ano, registraram uma redução de 52,64%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
De janeiro a setembro de 2017, o número de casos confirmados (dengue, zika e chikungunya) foi de 870. No mesmo período de 2018, a Semsa registrou 412 casos confirmados.
“As informações levantadas no diagnóstico neste mês de outubro irão fundamentar as ações de combate ao Aedes nos próximos meses”, explica Alinne Antolini.
Ações
Além da visita nas residências, os agentes de controle de endemias realizarão ações de Educação em Saúde nos domicílios visitados com o intuito de orientar a população quanto aos sinais e sintomas das doenças transmitidas por esse vetor, e as formas de prevenção para minimizar os riscos e combater os focos propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor.
A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Semsa, enfermeira Marinélia Ferreira, alerta que qualquer lugar que possa acumular água é um potencial criadouro para as larvas do Aedes aegypti e por isso é importante que a população contribua com o trabalho dos agentes de endemias.
“O controle vetorial do Aedes é uma ação de responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor saúde e seus profissionais, principalmente porque a maioria dos criadouros é detectada em ambiente doméstico. A recomendação é para que os moradores colaborem com a inspeção semanal através do check list 10 minutos contra o Aedes, identificando e eliminando os focos de reprodução dentro do domicílio”, reforça Marinélia Ferreira.
O ciclo de reprodução do mosquito, desde o ovo à forma adulta, leva em torno de 5 a 10 dias. “Assim, se for feita a inspeção semanal, não somente nas residências, mas também em locais de trabalho, o risco de proliferação do mosquito será reduzido. É preciso tomar medidas simples para evitar o acúmulo de água, mantendo tonéis e caixas d’água tampados, fazendo a limpeza de calhas, deixando recipientes como baldes, garrafas, ralos, lixeiras e outros objetos, fechados ou virados com a boca para baixo e os pratos de vasos de planta devem ser preenchidos com areia”, orienta Marinélia.