Manaus, 01/06/2024

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Secretário-geral da ONU diz que não desistirá de apelos por cessar-fogo em Gaza

António Guterres, secretário-geral da ONU
6/11/2023 REUTERS/Caitlin Ochs
António Guterres, secretário-geral da ONU 6/11/2023 REUTERS/Caitlin Ochs
10/12/2023 14h30

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse neste domingo (10) que não desistirá de apelar por uma ajuda humanitária para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, acrescentando que a guerra minou a credibilidade e a autoridade do Conselho de Segurança.

Gueterres falava na conferência do Fórum de Doha quando os Estados Unidos vetaram na última sexta-feira (8) uma proposta do Conselho de Segurança da ONU de um cessar-fogo humanitário imediato na guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.

“Instei o Conselho de Segurança a pressionar para evitar uma catástrofe humanitária e reiterei o meu apelo para que fosse declarado um cessar-fogo humanitário”, afirmou Guterres.

“Lamentavelmente, o Conselho de Segurança não conseguiu fazê-lo, mas isso não o torna menos necessário.” “Eu não vou desistir,” acrescentou.

O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse na reunião que Doha continuará pressionando Israel e o Hamas por uma trégua, apesar do “estreitamento” de chances de paz.

O Catar, onde estão baseados vários líderes políticos do Hamas, tem liderado as negociações entre o grupo e Israel.

Al Thani disse que os reféns foram libertados de Gaza por causa de negociações e não por causa das ações militares de Israel.

O chefe da UNRWA, a agência de ajuda da ONU aos palestinos, Philippe Lazzarini, disse que a desumanização dos palestinos permitiu à comunidade internacional tolerar os contínuos ataques de Israel a Gaza.

“Não há dúvida de que é necessário um cessar-fogo humanitário se quisermos acabar com o inferno na terra agora mesmo em Gaza”, explicou Lazzarini.

Os Estados Unidos e Israel se opõe a um cessar-fogo, porque acreditam que a medida só beneficiaria o Hamas. Em vez disso, Washington apoia pausas nos combates para proteger os civis e permitir a libertação de reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro.

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