Manaus, 11/12/2024

Política

Mesmo inelegível, Bolsonaro confirma candidatura em 2026: “Estou vivo e o candidato sou eu”

(Foto: Victor Moriyama)
(Foto: Victor Moriyama)
01/11/2024 14h30

Em entrevista à revista Veja , publicada nesta sexta-feira (1º), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou suas pretensões de disputar a Presidência da República nas eleições de 2026, apesar por oito anos de ser inelegível desde 2023 (até 2031).

Bolsonaro declarou ser o único nome da direita com reais chances de vencer as eleições, mencionando outros possíveis candidatos, mas reafirmando que apenas ele teria um apelo nacional significativo.

“Falam em vários nomes. Tarcísio, Caiado, Zema…O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, declarou Bolsonaro.

Inelegibilidade

Bolsonaro foi tornado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2023. A Corte concluiu que o ex-presidente cometeu abuso de poder ao utilizar reunião com embaixadores, em julho de 2022, para criticar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. Durante a entrevista, ele voltou a contestar a decisão, que foram injustas e parte de uma “perseguição”.

“Eu pretendo disputar 2026. Não tem cabimento a minha inelegibilidade. O processo de abuso de poder político foi por ter me reunido com embaixadores antes do período eleitoral. Não ganhei um voto com isso. São injustiças, uma perseguição”, disse o ex-presidente.

Para reverter a decisão, Bolsonaro apresenta estratégias que incluem mobilizar a opinião pública, recorrendo ao Congresso, tentar uma revisão da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) e aguardar o último momento para registrar sua candidatura em 2026.

“O pessoal já sabe [que é uma perseguição], mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida”, explicou.

Bolsonaro encerrou uma entrevista demonstrando otimismo cauteloso em relação ao cenário político, afirmando: “Não sou otimista, sou realista, mas estou preparado para qualquer coisa”.

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